-Conheci uma rapariga sabias?
-E qual é o espanto por teres conhecido uma rapariga pá?
- bem …é que… eu gosto dela.
-Gostas dela como, meu?
-Não sei, apenas gosto, ela é especial…
-És tão lamechas tu…
-Talvez seja sim mas…
-Mas…?
-Mas gosto dela…
-E já lhe disseste isso a ela?
-Não tenho coragem…, mal a conheço… e além disso sabes bem que eu sou um tanto ao quanto tímido no que toca a declarações…
-Pois és, és…mas tens que me explicar como é que uma rapariga que mal conheces te faz o coração cobrar horas extra…
-Talvez seja por querer conhecê-la melhor…
-E tu tens mesmo a certeza que a queres conhecer melhor?
-Eu preciso de a conhecer melhor.
-Precisas?? Mas porquê pá?
-Como seria demasiado lamechas dizer que me abstraio do mundo a pensar nela, digo-te antes que o mundo foge de mim quando sonho com ela.
-Soa-me mas é a amor por esses lados, meu…
-Não…Por agora não, como te disse, eu mal a conheço, e podemos desejar o desconhecido, mas apenas isso, desejar…, ninguém ama as estrelas que brilham no céu, mas quase todos as desejamos;)
-Pela maneira como dizes isso até parece que nunca a vais conhecer melhor
-E talvez não mesmo, pelo menos não enquanto não tiver coragem de lhe dizer que gosto dela
- Mas nunca falas-te com ela?
-Já passei horas a falar com ela…falo como ela sobre as trivialidades do dia-a-dia, sobre os nossos gostos, sobre o que éramos no passado e desejamos para o futuro, adoro o modo como nos insultamos mutuamente com “carinhosos jogos de palavras” ou as dissertações que fazemos antes de desligar o telefone, e não consigo resistir à forma de pensar e de falar e de agir e de reagir dela.
-Bem quem te ouvir falar até pensa que essa rapariga não tem defeitos…
-Tem…claro que tem, é teimosa, orgulhosa, nunca dá o braço a torcer, é demasiado perfeccionista e arriscava dizer que por vezes é quase que convencida, mas o que eu estranho é não conseguir deixar de gostar dos defeitos dela, é como se os defeitos dela fossem meras características e ter características é bom;)
-E achas que ela ainda não topou que gostas dela?
-se percebeu não me o disse e eu não tenho coragem de perguntar…
-Devias ter…
-Será que devia?
-Claro que devias pá…
-Sei lá…por vezes soa melhor viver na incerteza de ela poder gostar de mim do que viver com a certeza da resposta dela.
-Mas provavelmente se nunca tiveres coragem de perguntar vais-te arrepender do conforto do teu silêncio.
-Sim, provavelmente,
sábado, 15 de novembro de 2008
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6 comentários:
Mais vale arriscar do que ficar sempre a pensar no "se".
Beijinhos
De onde será que conheço esta conversa?... talvez do interior e do passado...
Por isso não deixo conselhos... apenas partilha... =)
Olá :) Vi que tinhas blog e vim espreitar. Gostei do que li, principalmente deste "diálogo". Está muito engraçado e acho que representa um bocadinho daquilo que todos já sentimos. Mas vale sempre a pena tentar :)
Já agora, não sei se vais saber quem sou... Daniela, Nutrição, 1.º ano. Ok, acho que não chegaste lá na mesma :p Mas fica a ideia.
Beijinhos e continua*
Como é extraordinário acontecer algo que nunca nos passou pela mente...
Cada pedacinho deste texto fez me lembrar duas pessoas que dialogaram à duas horas atrás, revejo cada palavra na conversa deles =)
Estou impressionada com o que li até agora...estás de parabens. Talento nao te falta e criatividade tb nao =)
Um beijo!
*Paula Santos*
ola gostei imenso deste dialogo...........quem nao arrisca nao petisca...pelos vistos tens frequente empatia com desconhecidos*
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