segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Hino ao destino

O que existe e o que não existe está dentro de nós, nós decidimos o que é real, é só uma questão de acreditar.

Por isso te escrevo esta carta, para descobrir se acredito no destino, se tal coisa existir tu vais ler esta carta e por alguma razão vais ser impelida a responder, se não responderes hoje ou amanha ou um dia, é porque o destino não existe, ou pelo menos eu não vou acreditar nele, logo não será real.

Escrevo-te do meio do oceano neste pedaço de papel já gasto, a letra está tão firme e segura quanto as vagas que assolam o “O Imortal” o permitem, a garrafa que serviu de navio à minha crença no destino ainda cheira ao vinho de ontem do jantar, e se estiveres agora com ela nas mãos é porque já atravessou tantas milhas náuticas quantas se podem contar pelos dedos de mil mãos e fintou intempéries enfrentando o desconhecido, para agora a desconhecida que procurava, a segurar nas mãos.

Podes perguntar mil vezes como saberás tu se fui escrita para ti, mas ao leres-me a primeira vez terás a certeza da resposta, pois também tu duvidas do destino, mas tu, quando me tiveres a mim, pedaço de papel usado e embebido em vinho de ontem do jantar, nas tuas mãos terás, o poder de decidir o que é real.

P.S: a minha morada está no verso da folha

Um comentário:

Anônimo disse...

pensei que nao acreditasses no destinu...muito bem escrito parabens*